"Se continuarmos assim, para além de incêndios, teremos inundações", diz o ex-Scretário de Estado do Ambiente, João Silva Costa
João Silva Costa na apresentação da iniciativa "Pomares no Coração" |
Na apresentação da iniciativa, onde entidades nacionais, municipais e da natureza estiveram presentes, o antigo presidente do ICNF, João Silva Costa, começou o seu discurso ao dizer "tenho Pomares no coração". Focando o seu discurso no futuro, o engenheiro e antigo secretário de Estado do Ambiente afirmou que "se continuarmos assim, para além de incêndios, teremos inundações", passando a explicar que "quando a época das chuvas chegar, inundações, quedas de pedras e deslizamento de terras irão ocorrer nesta localidade". O deputado João Silva Costa recorreu a um estudo da Universidade de Coimbra e afirmou, segundo o mesmo estudo, que "em 1987 ocorreram incêndios graves nesta zona e no ano seguinte ocorreram fortes inundações - num dia choveu 74 litros por metro quadrado. No ano de 2005 o mesmo aconteceu, com as inundações a ocorrerem uma vez mais no ano seguinte. Posto isto, é muito provável que o mesmo aconteça na próxima primavera", frisou. "Tal facto acontece, porque os solos não absorvem a água", contradizendo que "atrasar o escoamento das linhas de água na encosta seria uma boa medida".
Para finalizar a sua intervenção, João Silva Costa congratulou a iniciativa e deixou a mensagem de que "se juntarmos várias gotas de água, conseguimos fazer um oceano".
Também o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luis Paulo Costa, afirmou que "este é um processo longo e este é o lançamento de muitos anos de trabalho. Se não fizermos bem, daqui a 10 anos teremos problemas mais graves". Também a vice-presidente da Quercus - entidade que apadrinha esta iniciativa - não teve dúvidas nem exitou em dizer que "há muita vontade de ajudar, sem esquecer que esta iniciativa tem de ser valorizada. Poderão contar connosco nesta caminhada", referiu na sua intervenção
Esta iniciativa conta com 5.500 árvores para serem distribuídas ao longo da devastada floresta de Pomares, num concelho onde arderam 25.000 hectares.
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