Jorge Cancela, representante do ICNF |
Na sessão de apresentação da iniciativa, entre outras entidades, o engenheiro Jorge Cancela interviu sobre a questão dos incêndios, começando por dizer que "florestar é conservar a natureza". A representar o ICNF, Jorge Cancela acrescentou também que "foram cometidos excessos ao nível da arborização. É verdade que é urgente criar valores florestais mas não com esta quantidade de arvoredo. Recomeçar será um processo longo e penoso - estamos com a frequência de incêndios muito elevada (em 27 anos, arderam 3.68 milhões de hectares". Com o apadrinhamento da Quercus nesta iniciativa e perante cerca de 150 pessoas nas instalações da Sociedade de Melhoramentos de Pomares, o representante do Instituto da Conservação da Natureza não exitou em dizer que "o Estado tem as suas obrigações, mas a floresta não é uma delas", na sequência de uma apresentação que punha Portugal como o país da Europa como o único com propriedade pública - "98% do território em Portugal é privado; os outros 2% é do Estado". Contrapondo, referiu que "o problema do fogo não é um problema florestal, mas sim um problema interurbano, porque as árvores ardem e o Homem substitui-as, mas o solo não".
Jorge Cancela, fechou o discurso parabenizando a iniciativa e considerando que "estas intervenções têm de ser direcionadas para as áreas de defesa da natureza, porque este trabalho é para os nossos filhos e para o nossos netos".
Recorde-se que esta iniciativa surgiu na sequência dos incêndios de outubro, sendo esta a primeira intervenção do grupo de voluntários.
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